O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, se manifestou sobre o posicionamento da Conmebol em relação ao combate ao racismo no futebol sul-americano. Em sua análise, ele considerou o discurso da entidade adequado e ponderado, destacando a complexidade do tema diante das diferentes legislações nos países que compõem a confederação.
Racismo no Futebol: Um Desafio Cultural na América do Sul
Para Bap, é essencial reconhecer que o racismo, embora seja crime no Brasil, não é tipificado da mesma forma nos outros dez países que integram a Conmebol. Ele ressaltou a dificuldade da entidade em lidar com essa realidade e a necessidade de um trabalho contínuo para conscientizar e combater esse problema dentro do futebol sul-americano.
"O presidente da Conmebol colocou muito bem que é um aspecto cultural. Para nós no Brasil é crime, e para eles não é", afirmou o dirigente, destacando a importância de compreender essa disparidade legislativa.
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| Ronald Lincoln/ge |
Clubes Devem Ser Punidos por Ações de Torcedores?
Outro ponto levantado por Bap foi a aplicação de punições severas aos clubes por atitudes isoladas de torcedores. Segundo ele, embora o combate ao racismo seja fundamental, a questão das penalidades precisa ser debatida com mais profundidade.
"Você se prepara o ano inteiro, disputa um campeonato inteiro, aí chega lá e porque uma pessoa é racista, pune seu clube e você cai de uma Libertadores? É delicado", argumentou. Para o presidente do Flamengo, é necessário avaliar até que ponto um clube deve ser responsabilizado por ações individuais, sem comprometer seu desempenho esportivo de forma desproporcional.
Flamengo Reforça Compromisso na Luta contra o Racismo
Apesar das preocupações com a forma como as punições são aplicadas, Bap reafirmou o compromisso do Flamengo na luta contra o racismo. Ele anunciou que pretende encaminhar ao Conselho Deliberativo do clube uma moção para que a bandeira contra o racismo esteja presente em todas as modalidades esportivas do Mengão.
Com essa iniciativa, o Flamengo demonstra sua posição ativa no combate à discriminação, reforçando a importância de conscientização e ações concretas dentro e fora dos gramados.