O departamento de futebol do Flamengo começa a montar um quebra-cabeça de seu elenco para 2021 após a diretoria determinar cortes no orçamento. A redução de despesas foi motivada pela perda de receita com a queda precoce na Libertadores nas oitavas de final para o Racing. Há o estudo de jogadores que podem sair, de vendas para cobrir lacunas financeiras e apenas uma contratação prevista, a de Pedro.
O impacto direto da queda na Libertadores foi de R$ 18 milhões, valor que o clube ganharia até as semifinais, meta projetada pelo orçamento. Há ainda efeitos previstos em receitas indiretas como sócio-torcedor e venda de camisa. Outra renda foi perdida com a saída da Copa do Brasil.
Todos os setores do clube tiveram seus orçamentos e custos afetados para se adequarem a nova realidade. O departamento de futebol ainda estuda direito o orçamento e, portanto, os planos não são definitivos a não ser em casos específicos. A diretoria deu autonomia ao futebol para tomar decisões, mas há o poder de veto do presidente Rodolfo Landim.
No caso do futebol, há dois lados: um é reduzir despesa e outro é estimular vendas. Entre as negociações, o clube já recebeu oferta pelo atacante Lincoln sua saída na próxima janela de transferência é certa. Houve até uma tentativa de mandá-lo para a base durante o período, o que gerou conflito com seu estafe. Mas o Flamengo já não pretende aproveita-lo no profissional.
A questão do goleiro Diego Alves continua em suspenso. O Flamengo não vai subir a proposta que fez por ele e sua saída representaria uma economia considerável na folha. Poderia ser economizado R$ 10 milhões. Mas a porta não está fechada a depender de como se encaixarem as outras peças. O goleiro Hugo Souza já renovou seu contrato como o clube.
Há jogadores pelos quais o Flamengo aceitaria propostas de mercado como Gustavo Henrique e Léo Pereira. Foram zagueiros em que o Flamengo apostou bastante para a temporada, mas têm cometido falhas constantes em momentos decisivos. Não seria fácil recuperar o investimento no zagueiro que veio do Athletico-PR, ao custo de R$ 30 milhões, porém.
A única contratação prevista é do atacante Pedro que está incluída no orçamento e será paga em três anos em um total de 14 milhões de euros. O volante Thiago Maia interessa ao clube, mas sua situação terá de ser analisada no meio de 2021 quando se encerra o empréstimo. Não é um jogador barato, com preço de 7 milhões de euros.
Um atleta que tem saída praticamente certa é Pedro Rocha. Emprestado pelo Spartak de Moscou, tem salário alto e pouco entregou em campo. Para continuar no Ninho, seria necessária uma renegociação substancial. Dirigentes rubro-negros cogitavam mantê-lo, mas ele sofreu com excesso de contusões e não justifica o esforço no atual cenário.
Por: Blog do Rodrigo Mattos