O Flamengo poderia ter assumido a liderança do Campeonato Brasileiro se vencesse o Red Bull Bragantino na noite de ontem (7), mas perdeu oportunidades de gol, falhou com Isla na defesa e sofreu o empate, que mantém o Internacional à frente, em jogo no qual o torcedor rubro-negro pôde ver Gabigol e Pedro juntos, mas por pouco tempo.

No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte — com Isabela Labate, Milly Lacombe, Rodrigo Mattos e Ricardo Rocha —, o nível do jogo tanto por parte do time de Rogério Ceni quanto o de Maurício Barbieri é elogiado, mas Mattos vê a entrada de Pedro no ataque rubro-negro como um pouco tardia, mas vê a vitória tendo escapado por falhas individuais no ataque e na defesa.

“Poderia ter botado o Pedro? É até meio óbvio, você está precisando, mas o Rogério tinha essa teimosia de que não escalava o Pedro e o Gabigol por conta de recomposição, os dois não recompunham direito. Eles estão brigando pelo título brasileiro, tem três jogos para acabar, e ele deu nove minutos, dez minutos para os dois juntos, é muito pouco”, afirma o jornalista.

“Acho que nisso aí ele cometeu um erro, agora, essa coisa, a gente tende muito a analisar sob esse ponto de vista de ‘substituiu errado, demorou a substituir, a culpa é dele e tal”, mas se você analisar o jogo inteiro, foi muito mais erros desses lances decisivos, de conclusão a gol e mesmo o erro de defesa do Isla do que culpa do técnico o resultado. Se tivesse feito os gols que perderam, não iria estar nem essa discussão”, completa.

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Mattos elogia a postura das equipes e afiram que o duelo no estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, teve um nível superior ao padrão que o torcedor está acostumado no Campeonato Brasileiro.

“O jogo foi muito bom, muito acima do que a gente costuma ver no Campeonato Brasileiro. Um jogo, principalmente o primeiro tempo, muito intenso, os dois times se expondo, atacando, coisa que a gente deveria pedir mais aqui. Às vezes a gente aceita a mediocridade, aquele time lá atrás, e o Red Bull Bragantino o tempo inteiro esteve se expondo jogando contra um time que tinha jogadores melhores e que teve uma atuação muito boa”, analisa.

“A gente pode culpar o Rogério talvez pela leitura de jogo, mas a forma como ele colocou o time foi correta e foi boa, era para o time ter ganho o jogo. Se você olhar o jogo inteiro, os 90 minutos, foi melhor no primeiro tempo, com o Bragantino também se expondo e o Flamengo se expondo, fez o gol, no segundo estava melhor também, controlava o jogo, o Isla comete um erro, aquilo ali é brincadeira, o cara não botar a cabeça na bola”, completa.

Além do erro do lateral que culminou na jogada do gol de empate do Red Bull Bragantino, Rodrigo Mattos cita que o time carioca teve ainda uma chance de ficar à frente no placar logo em seguida, mas não aproveitou.

“A gente pode atribuir muito mais esse empate a erros de concentração e um na defesa, mas se você for pensar e isso é muito injusto às vezes quando a gente coloca com um defensor, porque o erro do defensor fica marcado para rodadas e rodadas, mas quantos gols o Flamengo perdeu nesse jogo e quantos gols perdeu durante a campanha, que têm impacto na campanha? Então o erro de concentração na frente e atrás vale o mesmo tanto, vale um gol e o Arrascaeta e o Bruno Henrique, por exemplo, perderam um na frente sozinhos”, conclui.