De volta aos treinos após se recuperar de uma lesão no ombro há exato um mês, o goleiro Diego Alves vê se arrastar seu processo de renovação por um período ainda maior.

Com vínculo até dezembro deste ano, o atleta de 35 anos tem a perspectiva de voltar para a Europa, e assim como Rafinha exige do Flamengo um valor acima do que o clube esperava ter que pagar para a permanência.

A boa relação com o empresário Eduardo Maluf é um dos trunfos da diretoria rubro-negra para conseguir convencer o jogador a estender sua passagem pelo clube, desejo já externado, desde que algumas condições sejam atentidas.

Mas há outras dificuldades nos bastidores que atrapalham o desfecho, que na visão do Flamengo já deveria ter acontecido. O desgaste passa pela relação um pouco distante do atleta com o preparador de goleiros Wagner Miranda, que voltou ao clube a pedido do vice de futebol Marcos Braz ano passado.

Desde quando foi convencido pelo dirigente a ficar no Flamengo, em 2019, após briga com o técnico Dorival Júnior, Diego Alves tentava que o clube buscasse o preparador Leandro Franco, seu amigo pessoal, e teve o pedido negado.

Em seguida, viu outro profissional, Nielsen Elias, com quem tinha mais proximidade, ser demitido. O goleiro interveio junto à direção pela permanência do funcionário, mas novamente não foi atendido. Nesse momento, o Flamengo já tinha lhe ofertado a renovação até o fim de 2021. O atleta quer mais um ano para que abra mão de sair livre para a Europa em janeiro.

Diante do impasse, as conversas tendem a levar mais tempo que o esperado até se encerrarem. Nesse cenário, o Flamengo lançou o jovem Hugo Souza, que foi sensação nos jogos contra Palmeiras e Del Valle. A titularidade de Diego Alves não é questionada, mas vale lembrar que quando César aproveitou um período de lesão do veterano e ganhou sequência, o camisa um não aceitou ficar na reserva e por pouco não deixou o Flamengo.

Por: O GLOBO