Contratado como um reforço de peso, Paolo Guerrero viveu bons momentos no Flamengo, mas não rendeu o esperado no Rubro-Negro. Ainda que sua saída tenha ocorrido em 2018, uma batalha judicial está mais perto do final. Segundo o blog do jornalista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, a ação movida pelo Rubro-Negro, que envolve o pagamento enquanto o jogador estava suspenso por doping, se encontra pronto para julgamento.

No período em que ficou fora das atividades, Guerrero seguiu sendo pago pelo Flamengo. Diante disso, o clube cobra, na Justiça, que os valores sejam restituídos. Na época, a equipe desembolsou cerca de R$ 1.8 milhão por mais de quatro meses. Caso seja derrotado, o centroavante vai precisar devolver o montante com juros e correção monetária.

Na visão do Flamengo, Guerrero teve uma atitude negligente ao testar positivo para um metabólito da cocaína. Além disso, existe o entendimento que a imagem do clube foi prejudicada, tendo em vista a suspensão aplicada pela Fifa.

“Primeiramente, a partir dos termos da Cláusula 2.2 do Contrato de Imagem, possível afirmar que o Guerrero descumpriu uma das obrigações contratuais expressamente previstas ao macular a sua imagem de atleta profissional de futebol mediante a ingestão de substância proibida, mormente considerando que algumas medidas poderiam ter sido adotadas para evitar o ocorrido (conforme restou consignado pela FIFA em seus pronunciamentos). Além de o fato ter repercutido negativamente – não apenas na imagem de Guerrero, como também do Flamengo. Por outro lado, visto que Guerrero teria sido negligente ao deixar de verificar a composição do chá à luz das normas antidoping”, diz o Flamengo no processo movido na 9ª Vara Cível.

Pelo Flamengo, Guerrero anotou 43 gols em 115 jogos. Após deixar o Rubro-Negro, ele atuou, no Brasil, por Internacional e Avaí. No momento, o peruano se encontra no Racing e, coincidentemente, pode encarar o ex-clube na Libertadores.