O processo movido pelo Botafogo desde 2016, ano em que Willian Arão se transferiu para o Flamengo, ganhou mais um capítulo. Após a Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidir que o jogador deveria pagar R$ 3.920.760,00 ao seu ex-clube, decisão de 2019, seus advogados entraram com um recurso, o embargos de declaração. Com isso, o seu ex-clube entrou com um novo pedido para execução da dívida, em setembro deste ano. Nesta quarta (02), saiu a decisão que pede a execução provisória do valor corrigido de R$ 7 milhões.

O volante já foi intimado para se manifestar sobre a decisão provisória. Ele pode ainda tentar impugnar a resolução para que o processo volte para o juiz, que então deverá fixar um novo valor a ser pago, que será depositado em juízo. Caso não cumpra a decisão judicial, o atleta pode sofrer penhora dos seus bens. Cabe ressaltar que o Flamengo não é parte envolvida na batalha judicial.

Relembre o caso:

Arão assinou contrato com o Botafogo em janeiro de 2015. O acordo previa renovação automática por mais um ano, em caso de depósito de R$ 400 mil com multa fixada em R$ 20 milhões e com os direitos econômicos divididos entre clube (70%) e jogador (30%). Em novembro do mesmo ano, a direção do seu ex-clube chegou a fazer dois depósitos do valor para fazer valer o dispositivo de renovação automática. O camisa cinco do Flamengo devolveu os valores.

Quando o Mais Querido anunciou a contratação do volante, o Botafogo além de ir para justiça com um pedido inicial de R$ 20 milhões, valor da multa caso tivesse ocorrido a renovação, passou a retaliar o Fla. Primeiro com acusações de assédio ao jogador na imprensa e depois fechando as portas do estádio que pertence à Prefeitura, o Engenhão, mas que está sob sua administração temporária. Com o Maracanã fechado por conta das Olímpiadas, o jeito foi do Rubro-Negro jogar pelo Brasil inteiro.

Por: ColunadoFla