O Flamengo entra em uma semana decisiva para sacramentar ou não o retorno de Rafinha. Após nova rodada de negociações nos últimos dias, o lateral e seus representantes tiveram os valores de salário e luvas avaliados pelo Flamengo, mas parte da diretoria vetou os números, por considerar muito próximos aos que o veterano recebia em 2019.
Os vice-presidentes Rodrigo Tostes, de finanças, e Luiz Eduardo Baptista, o Bap, foram contra o retorno do jogador de 35 anos nas condições apresentadas até então, embora não tenham participado diretamente das últimas negociações. No fim de semana, após a reunião, Rafinha foi para a internet desabafar e dizer que topou os valores que o Flamengo ofereceu.
— Muito jornalista falando que estou pedindo valores absurdos, mas é tudo mentira. Estou de acordo com as condições que o Flamengo me propôs. E o Flamengo também está vendo o que é possível, sem pressa, sem nada. Clube está organizando, eu estou com paciência também — declarou o jogador, dando a entender que aceitou a proposta, mas afirmando que ainda não há acordo.
O papel de aproximar ainda mais as propostas para que haja um entendimento é do vice de futebol Marcos Braz, que tem relação pessoal com Rafinha e seu empresário, Lincoln. O dirigente, no entanto, não confirma qualquer acordo.
Em um primeiro momento, até o departamento de futebol considerou a pedida do jogador alta demais. Uma das questões que pesam contra é o fato de Rafinha ter recebido luvas altas, rescindido o contrato para ir para a Grécia, e cobrar o bônus agora novamente.
Uma última rodada de conversas acontecerá para selar o destino do jogador, que tem aval do grupo de jogadores para o retorno. E viria para completar o elenco e fazer sombra ao chileno Isla, que deve ser convocado várias vezes. Mas para isso, é necessário se readequar à nova realidade do Flamengo em 2021, sem perspectiva de público no estádio e com debandada de alguns patrocinadores.
EXTRA GLOBO: Diogo Dantas