Em conversa com Kevin Lomónaco, do Bragantino, um dos apostadores investigados pela Operação Penalidade Máxima afirmou que havia acordo com um jogador do Flamengo. Na conversa, o apostador tenta convencer Lomónaco a vender um cartão amarelo (o jogador já havia participado do esquema anteriormente): “Amanhã temos um jogador do Flamengo. Então você deve fazer também para que todos ganhem. Se fecharmos, te pagamos o valor da operação e o que te devo”. O Mais Querido não tem nenhum jogador indiciado ou citado na Operação, mas o nome do clube aparece nesta parte das conversas da investigação. O diálogo aconteceu em 24 de janeiro deste ano. Neste dia, o Flamengo jogou contra o Bangu, pelo Campeonato Carioca.

O clube se pronunciou em nota: “O assunto está com o Ministério Público de Goiás. O Flamengo não teve conhecimento de qualquer citação, mas confia plenamente em seus atletas. O clube está acompanhando a questão e tem todo interesse em que haja uma rigorosa apuração pelos órgãos competentes. O clube recentemente promoveu uma palestra para os jogadores com o senador Carlos Portinho, que é uma autoridade no assunto. O Flamengo está sempre fazendo ações educativas e colaborando para que jamais ocorram no clube situações, como as noticiadas. Vale lembrar que é comum como instrumento de convencimento usar nome de terceiros”.

Após a divulgação de diversos casos, alguns torcedores começaram a cogitar a paralisação dos campeonatos nacionais regidos pela CBF, com isso, o presidente da entidade máxima do futebol brasileiro veio a público para sanar esta dúvida. Ednaldo Rodrigues, descarta paralisação do Brasileirão: “Não temos como suspender a competição. Não é (acusação) de um dirigente, não é de um presidente de clube, não é de um árbitro. Isso está sendo de atletas. A CBF espera que tenha um rigor de quem está fazendo as apurações. A CBF não tem poder polícia e Justiça”, disse Ednaldo ao UOL Esporte.

Com isso, o que resta, é punir os culpados. Segundo o Globo Esporte, os jogadores envolvidos na Operação Penalidade Máxima podem ser punidos com multa e prisão de 2 a 6 anos.

Confira a conversa